terça-feira, 4 de outubro de 2016

Janis Joplin Greatest Hits | Janis Joplin Playlist 2016

4.6- 46 - QUARENTA E SEIS - quarenta e seis - Quarenta & Seis...



rouca, tossida - aquela tosse de fumante que só reconhece quem é fumante - tem quem diga que era feia, porra louca, louca demais, e o seique lá mais que o jornalismo acrescenta ,mas enfima...hoje, véspera de feriado no extremo depois de tantas visitas mais extremos do do que chuí e o caburái, nas mais nem ninguém mereceria essa noite minha do que a Jannis, que partiu pra outro plano que ue ainda não posso alcançar...mas é TU AQUI, EM RORAIMA, 04 DE OUTUBRO DE 2016!





quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Do Livro Arbítrio de Lau Siqueira

Livro Arbítrio, Casa Verde, 2015


Lau Siqueira, poeta, gestor, agente e guerrilheiro cultural que há tempos compartilha com a Paraíba suas danças poéticas, onde versos, reversos e inversos transformam a gente, de meros leitores a amantes apaixonados e insaciáveis pela literatura. 
É possível encontrar diversos poemas de sua autoria na internet, assim como é possível acompanhar suas ações e reações da e à sua atuação como gestor público de cultura da Paraíba. 

Lau Siqueira na Fundação Espaço Cultural da Paraíba. Foto extraída do Facebook do artista

Poucas palavras, mas grande admiração por este artista que sempre me lembra como a arte é política, como ter voz é importante e como a luta pela democracia pode ser criativa, artística, ousada e transformadora.



Extraído do Facebook do poeta

Não tenho lastro para analisar a obra de Lau, que é natural de  Porto Alegre, mas que pertence realmente ao mundo das letras, sem território geográfico para lhe impor qualquer limite de pertencimento. 


Poema exposto em Ilha Terceira, Arquipélago dos Açores, Portugal. Foto: Internet/Facebook

São apenas minhas breves impressões de um artista que admiro muito e que hoje acordei com o desejo de compartilhar aqui nesse meu diário, um pouquinho das suas palavras. Enfim, que esta quarta-feira seja poética e sonora para todo mundo! Evoé!

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Da série: Produção Cultural Roraimeira - Parte I

Sentimentos Cintilantes


as estrelas que flutuam nesse riosão os olhos das serpentes encantadascobras grandes habitantes dessas águase estas luzes que vagueiam pelas praiasclaridades de paixão e de areiasão meus olhosencharcando o chão das várzeassão de alegria estas lágrimas brilhantessão diamantes que meus olhos choramsão loucos sentimentos cintilantes




São quase três anos morando no Extremo Norte do Brasil. Em um Estado, que, ao vir de surpresa, me impactou muito além do que eu imaginaria. Do nosso SOL de cada dia, ao gosto diferente, generoso e crocante da farinha de caboco que acompanha um bom almoço "macuxi"  ao calor das surpresas amazônicas, estou apaixonada por esta terra.

Mas admito o atraso sem chegar a ser tardio, de algumas poucas e despretensiosas impressões. E a primeira delas sem dúvida é Eliakin Rufino. De todas as vozes, produções, inquietações artísticas e culturais que tive a oportunidade de conhecer em Boa Vista, foi este SER, que se diz contaminado com o vírus da arte, quem puxou minha orelha e atraiu minha curiosidade em primeiro lugar. 

Eliakin é poeta, músico, escritor, professor de filosofia, produtor cultural e jornalista que integra um movimento cultural de forte expressão amazônica, junto com dois outros músicos: Neuber Uchôa e Zeca Preto. Esse movimento é tema do documentário: "Roraimeira: Expressão Amazônica", que tem direção de Thiago Briglia. (Em outro momento, compartilho impressões específicas sobre o doc e a cena audiovisual local).

Mas voltando a Eliakin, o danado tem uma força no palco que o torna GIGANTEEEEEE. Sua poesia é tão forte quanto o sabor da damurida quando provamos pela primeira vez. Lembro que o vi em um palco pequeno, na av. Ene Garcês, em 2014. Acho que era a chegada do Papai Noel, um evento da prefeitura. Fiquei chocada! Foi justamente o Carimbó da Farinha que me chamou atenção. Sem conhecer ninguém me vi dançando entre as poucas pessoas que estavam realmente prestando atenção que ali no palco, umas das grandes representações da identidade cultural roraimenses estava nos presenteando com sabores sonoros da Amazônia. 


Infelizmente não encontrei muita coisa disponível na internet desse artista roraimense. Apesar de encontrarmos alguns vídeos "caseiros" a qualidade sonora diminui a sinfonia dos sons amazônicos presentes em sua obra. Alguns versos, reversos, poemas e sons podem ser "pescados" na REDE, mas como ele mesmo diz, "Não quero ser universal, quero ser local". Então, sugiro que vá In Loco e aproveite a maravilhosa experiência que prestigiar um artista desse ao vivo, E perca a vergonha, se apresente, desfrute de sua companhia e diga o quanto lhe admira. Admito, ainda não tive coragem pra tanto, mas seu som e sua poesia estão no meu dia a dia!





quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Abra sua caixinha de música!

Não entendo praticamente nada de música clássica. Confesso que muito poucas vezes me dispus a assistir a um concerto, mas,  tive muitas oportunidades de me deleitar com lindas apresentações da Orquestra Sinfônica da Paraíba, do Quinteto ou da OSESP na única vez em que esteve em João Pessoa, e admito mesmo que este gênero musical não ESTAVA no topo da lista de meus interesses sonoros.

Aí, cansada estou de acompanhar as investigações americanas contra o mundo que está sempre querendo aniquilar os norte-americanos da face da terra e também por me dar um pouco de preguiça as séries muito longas, que se perdem em meio a tantas temporadas, ou ainda aquelas ficções científicas que, ou tratam de latifúndios espaciais ou de apartheids intergalácticos, causados ou por um vírus misterioso ou pela soberania de alguma raça "superior" às outras raças do universo.

Então lá vai eu buscar alguma história original, que fosse diferente desses universos que se multiplicam nos sites de seriados e filmes on line. Eis que encontro essa série: Mozart In The Jungle

Muitas surpresas desde o primeiro episódio! A primeira delas é o próprio roteiro que nos aproxima de um universo tão distante das ficções e que não tinha visto antes em uma narrativa sequenciada como a de um seriado. E o melhor, faz com que pessoas como eu, que antes não tinham costume de ouvir música clássica, hoje tenha em seu setlist do dia a dia, obras como Georges Bizet - Carmen Suite No. 2; ou Beethoven: Symphony 9. 


Mas do que se trata mesmo Mozart in THe Jungle? A sinopse diz assim: "Sexo, drogas e... música clássica. Mozart in the Jungle retrata os bastidores do mundo dos grandes maestros, que pode ser tão cativante quanto o que acontece na frente das cortinas".

Mas não tem tantas drogas quanto parece, não é nenhuma variação de Réquiem para um Sonho ou Trainspotting. Também não tem tanto sexo assim, mas tem MUUUUITA MÚSICA, inclusive brasileira!

Na verdade, a série é baseada em uma autobiografia escrita em 2005 por Blair Tindall, ex-oboísta freelancer de Nova Iorque, que na série inspira a personagem Hailey Rutledge, representada pela jovem atriz Lola Kirke.  

E por ter sido escrita por alguém que viveu esse universo dos bastidores do mercado da música clássica em NY, a série traz episódios curiosos de quem realmente conhece esse “mundo” e apresenta para as pessoas um lado menos burocrático, careta ou elitizado da música clássica. Aquele lado que nos diz que essa música também está no Youtube, nos serviços de streaming e na rua, no teatro, na esquina ou na praça, pois pode ser divertida e cheia de altos e baixos como qualquer outro mercado de trabalho.

Aí me deparo com Gael Garcia Bernal, outra grata surpresa, como o genioso, impulsivo e impetuoso regente Rodrigo de Souza, inspirado no maestro venezuelano Gustavo Dudamel.

E é no encontro de Hailey e Rodrigo que muitas “aventuras” pelo mundo da música clássica se desenrolam ao longo das duas temporadas da série, criada por Roman Coppola, Jason Schwartzman e Alex Timbers; e dirigido por Paul Weitz para a Amazon. Em janeiro de 2016 a produção conquistou o Globo de Ouro nas categorias melhor série de comédia e melhor ator em série de comédia para Gael Garcia Bernal.

Acho que a série pode até procurar primeiramente os amantes da música clássica, mas acaba encontrando aqueles que nem a conheciam antes, que como eu, nem sabiam direito um nome ou dois de algum autor ou compositor da área. Desde já me candidato a amante desse gênero que me impactou primeiramente pela força de um simples roteiro televisivo e depois pela riqueza que é a trilha sonora dessa produção! Recomendo demais. Fujam da mesmice de tantos seriados que copiam histórias feito receita de bolo e entrem no universo inebriante conduzido pelo maestro Rodrigo de Souza e sua “eterna” assistente Hailey.


O elenco traz outros fortes nomes da televisão americana como Malcolm McDowell, Saffron Burrows e Bernadette Peters, e nos apresenta dois talentos brasileiros. O ator Sandro Isaack, que interpreta o produtor de teatro Pavel, e o músico Aleh, que logo no segundo episódio entra com uma delicia de música de fundo “Pra não parar de sambar”.